A histórica e cultural frase “Lavagem da Igreja” veio se fragmentando nos últimos anos e foi definitivamente fulminada este ano, pois o símbolo maior desta festa popular não se apresentou, - as Baianas! Ninguém sabe o porquê. É inaceitável que valores culturais de uma cidade secular como Inhambupe, sejam esquecidos e tão pouco comentados em uma festa popular como esta.

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O cortejo das baianas com suas roupas brancas, vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano, a típica baiana, desfilavam pelas ruas de Inhambupe com suas águas de cheiro, acompanhadas por músicos e por pessoas de todas as idades e classes sócias, e muitas destas pessoas carregavam água em latas e baldes para ajudar a abrilhantar o cortejo até chegar às escadas da igreja e, então faziam a tradicional Lavagem da Igreja. Não existiu este ano! O que houve?


A euforia dos foliões entre trios elétricos, artistas e degustações alcoólicas, desviou a atenção em lembrar-se daquelas que iniciavam a festa popular de Inhambupe todos os anos e se consagraram como patrimônio cultural do nosso estado. As Baianas! Nós precisamos avançar e acompanhar o ritmo da modernidade, mas não podemos pisar nas nossas histórias e nas nossas tradições.


Até as pessoas que não são simpatizantes a este tipo de manifesto, respeitam e reconhece este patrimônio oriundo da Bahia.


Inhambupe (os cabeças) tem a deformada cultura de romper tradições até mesmo por interesses particulares. Seja lá qual foi o motivo, hoje a sociedade não sabe e sentiu falta daquelas que abriam o domingo de alegria para todos.


Tradição é cultura, e cultura é de responsabilidade do poder público e do cidadão que se perpétua de geração em geração. Pensem nisso!

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